Faz mais de 50 dias, o Brasil confirmava seus primeiros caso de Covid-19 causados pela variante ômicron. Por cerca de metade desse tempo, o país não dispôs de dados bastantes para avaliar a evolução da epidemia. Atacados por terroristas digitais e pela incapacidade do governo, os sites do Ministério da Saúde ficaram fora do ar.
Mas a falta de informação não foi o motivo do novo surto de inoperância oficial. Mesmo diante de recordes diários de contaminações, do aumento do número de internações em UTIs e de uma quantidade de mortes que não se via desde meados de novembro (mais de 250 por dia), não houve mobilização nacional para conter a doença.
Ao contrário, ouviu-se mais propaganda contra a vacinação, de crianças em particular. Jair Bolsonaro chegou a dizer que a variante era "bem-vinda" —ideia sempre infundada, orientada pela tese da "imunidade de rebanho".
Especialistas especulam que o pico dessa nova onda de infecções poderia ocorrer em meados de fevereiro, b