O editorial da Folha “A desigualdade e o IR” (23/6/21) acerta ao sublinhar: “Há muito a fazer para tornar a carga de impostos mais progressiva, sem elevá-la além de seu patamar já exagerado. Rever subsídios, tributar dividendos (com ajuste no gravame dos lucros) e até majorar alíquotas sobre rendimentos altos se mostram caminhos viáveis”.
Destacar a questão da injustiça fiscal é importante avanço no debate sobre a reforma tributária, marcado entre nós pela ênfase na simplificação dos impostos que incidem sobre o consumo e o descaso com a tributação de altas rendas e riqueza.
O país atravessa grave crise socioeconômica e sanitária. A história econômica demonstra que, em crises dessa magnitude, a tributação de altas rendas e riquezas é medida necessária. Atualmente, instituições de fomento (como o FMI, por exemplo) e governos de países centrais (como os EUA, por exemplo) estão propondo aumentar os impostos para os mais ricos para combater o aumento da