Donald Trump não quer mudar radicalmente a realidade nos territórios palestinos com o plano articulado por seu representante (e genro) Jared Kushner. Afinal, as sugestões para temas centrais do embate, como a eliminação do controle palestino sobre Jerusalém Oriental, a anexação do vale do Jordão a Israel e o impedimento do retorno de palestinos no refúgio a seus lugares de origem já têm sido implementadas por Israel à revelia da lei internacional. As duas primeiras, desde a ocupação de Cisjordânia e Gaza, em 1967. A última, desde 1948, como parte dos processos que levaram à criação do Estado judeu em parte da Palestina.
A oferta de Trump é, na verdade, um pacote de “ajuda” econômica de cerca de US$ 27 bilhões, montante a ser coletado com investidores e doadores internacionais, em troca do aceite de uma soberania mutilada —a “visão realista” como recompensa ao consentimento à violência da conquista israelense.
Jerusalém teria suas fronteiras defini