A morte de George Floyd, em Minneapolis (EUA), é uma catástrofe. Não apenas por conta do absurdo da ação policial, de sufocar um homem já imobilizado até a morte, mas também pela realidade que ela escancara: quão enraizado o racismo está na sociedade norte-americana, apesar dos esforços de figuras como Rosa Parks e Martin Luther King Jr., cujas lutas nas décadas de 1950 e 1960 resultaram na promulgação da Lei dos Direitos Civis, que encerrava, ao menos no papel, um vergonhoso histórico segregacionista.
Olhar para o que ocorre hoje nos Estados Unidos nos leva a traçar um paralelo com nossa realidade. Afinal, não faltam evidências de que, tanto lá como cá, o racismo estrutural vitima milhares de vidas por ano. A diferença, gritante, reside na forma como cada sociedade reage.
Há mais de duas semanas acompanhamos, através de veículos de comunicação brasileiros e internacionais, manifestações realizadas em diversas cidades nos EUA e no mundo. Apesar de o crime cont