Eu jamais desdenhei do coronavírus. Desde as primeiras notícias da explosão da pandemia na China, pedi para os especialistas da Prefeitura de São Bernardo do Campo que estudassem o assunto. Ainda em janeiro, criei um comitê para o acompanhamento da futura e inevitável crise em nossa cidade. Pessoalmente, tomei as medidas recomendadas pelos médicos.
Mas nunca pensei que o vírus seria tão destrutivo. Na saúde pública, superou todas as previsões mais pessimistas, dizimando dezenas de milhares de pessoas e chegando a todas as partes do mundo. Pessoalmente, tive a pior sensação da minha vida e a e um medo terrível da morte.
Não sei como o vírus me pegou. Tomei os cuidados possíveis e recomendados, mas a vida pública me faz ter contato com várias pessoas e participar de reuniões e eventos, alguns com a presença de pessoas que também se contaminaram. Em 24 de março, os testes confirmaram que eu e minha mulher, Carla, estávamos com o coronavírus.
Mandamos nossos dois fil