Não se nota motivação na transferência da Secretaria Especial de Cultura para a pasta do Turismo, recém-promovida, além de nova mostra de desprezo do presidente Jair Bolsonaro pelo setor —ou por aquilo que ele julga ser o setor.
Ao que parece, o alcance da visão das hostes bolsonaristas sobre a política cultural não vai além de confrontar artistas e intelectuais simpatizantes da esquerda, supostamente em razão de generosas verbas do patrocínio estatal.
Assim, tratou-se de rebaixar a secretaria o ministério dedicado à área, providência de importância mais simbólica do que administrativa. Pior, a estrutura foi acomodada de início na esdrúxula pasta da Cidadania, um saco de gatos de programas sem maior relação entre si sob o comando do conservador Osmar Terra (MDB).
Na sequência houve uma série de iniciativas, em diversas instâncias do Executivo, no sentido de boicotar eventos e obras a partir de preconceitos ideológicos tacanhos.
O primeiro secretário de Cultura