[resumo] Antropólogo refuta críticas de que seu livro "As Sinhás Pretas da Bahia" legitimaria o racismo e a escravidão. Ele argumenta que a experiência nacional brasileira não pode ser reduzida em termos maniqueístas —e que, entre senhores brancos e escravos pretos, circulava na Bahia uma população livre numerosa, formada, em sua maioria, por gente mestiça.
Um autor deve ser julgado por suas próprias palavras e não por palavras alheias – especialmente, em tempos de agressiva irresponsabilidade acadêmico-militante, como o que estamos atravessando.
Lembro isso porque deu pano pra manga um texto publicado aqui na Folha, a propósito do meu livro “As Sinhás Pretas da Bahia: Suas Escravas, Suas Joias”.
Como ficou claro que os contendores não leram o livro e suas disputas tomaram caminhos variados, acabei me vendo no meio de uma confusão, na qual fica parecendo que eu disse coisas que não disse — e que jamais diria.
Os principais absurdos foram os seguintes. Escre