[RESUMO] Reação virulenta de Trump e Bolsonaro a movimentos que consideram terroristas revela obsessão da alt-right em construir um inimigo identificável, escreve autor, para quem políticas de
segurança são uma chave para analisar o que seria fascismo e antifascismo no contexto do século 21.
Talvez soe absurdo e anacrônico, considerando o ponto de vista histórico, falarmos em fascismo e antifascimo na segunda década do século 21, mas há bons motivos para que o façamos.
O mundo assiste ao avanço inédito de partidos, movimentos e governantes que exibem modos, símbolos e discursos fascistas, chamados de extrema direita ou alt-right (do inglês “alternative right”).
Para citar alguns exemplos, há a Frente Nacional Francesa, o Aurora Dourada grego, a Pegida alemã, o Partido da Liberdade austríaco, o Partido Lei e Justiça (PiS) polonês, a Liga Norte italiana e governantes ubuescos como Viktor Orbán na Hungria, Volodymyr Zelensky na Ucrânia, Recep Tayyip Erdoga