Só hoje, relembrando uma história da minha adolescência, tenho a dimensão da importância que ela teve.
Eu morava no mesmo edifício que a irmã do Paulo Autran, Eny, e era amigo de infância do filho dela, Marcos Maurício. Quando tínhamos uns 14 anos, ela o chamou dizendo que o tio o tinha convidado para ver a sua peça que estava em cartaz. E falou que ele podia levar um amiguinho.
Isso era 1972. Ele me levou então para ver “O Homem de la Mancha”, uma peça que tinha no elenco também Bibi Ferreira e Grande Otelo. E dois anos depois, de novo, fomos ao Municipal assistir ao Paulo em “Coriolano”, de Shakespeare.
Nós dois estávamos nas primeiras cadeiras da primeira fila. Foi tão emocionante ver o Paulo fazer aquele general romano, com aquela empáfia e vigor que ele tinha; me causou uma impressão enorme.
A mãe do Marcos, depois dessa segunda peça, nos mandou ir à casa do tio Paulo para agradecer pelo convite. Fomos até o apartamento dele na avenida Nove de Julho, e