A escritora carioca Nélida Piñon, 84, lamentou a morte de Lya Luft, de quem foi amiga. Luft morreu na madrugada desta quinta (30), aos 83 anos, em decorrência de um câncer de pele.
Em conversa com a Folha, Piñon disse que "as amizades são sempre misteriosas". "Não têm começo, mas têm fim. No caso da nossa amizade, teve um desfecho trágico com a morte dolorida e sofrida de Lya Luft".
Piñon, que é imortal da Academia Brasileira de Letras, conta que elas se encontravam sempre em Porto Alegre, mas também no Rio de Janeiro e, às vezes, em São Paulo. "Muito mesmo. Escrevíamos, falávamos ao telefone e nesses encontros descontávamos o tempo que não tivemos uma ao lado da outra. Mútua confiança, mútuo respeito e, diria, mútua admiração."
Ela lembra que era chamada de madrinha por Luft e Hélio Pellegrino, que foram casados, por tê-los apresentado. "Quando estávamos em São Paulo no famoso congresso que foi marcado pela tristeza da possibilidade da morte do presidente Tancredo