Caveiras, adagas, corações, águias, âncoras, caravelas, cobras e ferraduras. Quem entra num estúdio de tatuagem provavelmente vai encontrar um catálogo com os tradicionais desenhos associados à arte de marcar o corpo. É a velha iconografia saída da loja de um tatuador americano conhecido como Sailor Jerry, que difundiu tais ilustrações durante a Segunda Guerra estampando marinheiros em Honolulu, no Havaí.
Muito popular até hoje, em especial na cidade de São Paulo, a vertente da tatuagem conhecida como tradicional tem passado a dividir espaço no corpo dos clientes com trabalhos de estética radicalmente oposta.
Braços pintados de preto, pinceladas cobrindo as pernas, riscos invadindo o rosto e linhas contornando as costas compõem hoje um novo panorama da tatuagem, que ganha traços cada vez mais abstratos.
Saem de cena os desenhos escolhidos num catálogo ou na “folha de flashes” —em que artistas reúnem ilustrações prontas para serem tatuadas— e entram formas e