Se você estivesse no Rio de Janeiro nos anos 1950 e quisesse encontrar algum dos principais escritores da época, a grande chance não era visitar a Academia Brasileira de Letras ou qualquer evento da elite carioca. O endereço certo para isso era a livraria São José.
Lá, você esbarraria em nomes como Carlos Drummond de Andrade, Manuel Bandeira, João Cabral de Melo Neto, Graciliano Ramos, Guimarães Rosa, Jorge Amado, Vinicius de Moraes, entre outros.
Todos costumavam passar no lugar para conhecer lançamentos, comprar livros usados, ver títulos do selo da livraria e bater um papo com um dos sócios, Carlos Ribeiro —que esteve, por dois anos, também à frente do selo Festa.
Não por acaso, quando o assunto é literatura, a gravadora tem números e nomes que impressionam. Dos 97 discos lançados entre 1955 e 1971, 56 têm a ver com o mundo editorial. Entre os escritores gravados, praticamente todos tiveram destaque no chamado “arco modernista brasileiro”, período que vai da