“Sempre gostei de bagunça”, dizia com frequência o artista plástico Tunga (1952-2016) ao ser perguntado sobre a própria obra. O documentário mais recente produzido sobre ele, que teve pré-estreia organizada pela Folha no Espaço Itaú Frei Caneca na quarta-feira (8), tenta honrar essa visão estética.
“Tunga - O Esquecimento das Paixões” traz uma cacofonia de imagens e sons, sobrepondo vídeos antigos, locução em off, feita pela cantora Marina Lima, e depoimentos com críticos e amigos do artista, cujo nome era Antonio José de Barros Carvalho e Mello Mourão.
O filme vai e volta no tempo, e não se detém em dados biográficos. O nome dos entrevistados não é revelado até rolarem os créditos. “O processo dele [Tunga] não era inteligível imediatamente. Você tinha de deixar o tempo passar”, diz uma voz. “Ele não saía da arte por um segundo. Ele era a obra dele”, diz outra.
Segundo o diretor do filme, Miguel de Almeida, a confusão foi intencional. “E