"Nada a Perder", a cinebiografia do bispo Edir Macedo, é um hit: desde 4 de maio, ocupa a posição de maior bilheteria nacional de todos os tempos, com 11,3 milhões de ingressos vendidos.
O fenômeno, contudo, conta com uma estratégia de distribuição de ingressos que inclui levar alunos de escolas públicas, em horário de aula, para assistir à obra —o que, segundo docentes, põe em xeque a laicidade do ensino. A Universal nega a compra de entradas e atribui possíveis ações desse tipo à ação autônoma e voluntária de grupos de fiéis.
A obra sobre o líder religioso é sucesso, em parte, graças a táticas para inflar sua bilheteria. Uma delas reprisou técnica já usada em "Os Dez Mandamentos" (2016), outra produção cara à Universal —e a recordista de ingressos até "Nada a Perder" arrasar esse quarteirão. Compravam-se tíquetes no atacado para distribui-los de graça a fiéis.
Como eles nem sempre iam, várias sessões, apesar de teoricamente esgotadas, passaram longe da