Para a jornalista mexicana Marcela Turati, uma das repórteres mais premiadas da América Latina, o México mantém o título nada honroso de campeão em assassinatos de jornalistas porque, lá, a Justiça não funciona e os crimes não são elucidados.
Foram 8 jornalistas assassinados em 2020, e 119 desde o ano 2000.
Ela cobre a violência decorrente da guerra às drogas e a crise dos desaparecidos no México como jornalista independente e é uma das responsáveis pelo projeto El País de 2 mil Fosas, que investiga, documenta e identifica valas clandestinas no país, onde há mais de 84 mil desaparecidos.
Turati recebeu o prêmio de Consciência e Integridade no Jornalismo Louis M. Lyons, da Universidade Harvard, em 2013 e o Maria Moors Cabot, da Universidade Columbia, em 2019.
Leia a entrevista ou assista ao vídeo, parte da série Fuga Para a Frente, que promove discussões com nomes do Brasil e do exterior sobre questões contemporâneas, como liberdade de imprensa e riscos para a demo