O venezuelano Yeferson Soteldo, 23, foi levado para seu primeiro teste em um clube de futebol aos 12 anos. Raul Vargas, 43, técnico e dono da escolinha onde ele treinava, o acompanhou ao campo da Portuguesa FC.
O professor passou os 10 quilômetros da viagem entre Acarigua, local em que morava a família do menino, e Araure, cidade onde seria o treinamento, o doutrinando. Ele deveria ter fé. Se acreditasse, tudo daria certo. Repetia aquilo sem parar.
Quando chegaram para a peneira, o técnico da Portuguesa olhou para Soteldo com cara de desdém.
"Ele disse apenas que Yeferson era pequeno demais e não tinha condições de jogar futebol. Virou as costas e foi embora. Não o deixou treinar", relembra Vargas à Folha, 11 anos anos depois.
A altura sempre foi um problema na carreira do meia-atacante que hoje se destaca no Santos, finalista da Libertadores de 2020. No próximo sábado (30), a equipe faz a primeira final paulista da história do torneio, contra o Palmeiras, no Maracanã.
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