A rampa que liga o térreo ao primeiro andar da escola Cebama, na qual Rayssa Leal estuda, já virou pista de treino para a medalhista de prata nos Jogos de Tóquio. Quando recebia autorização para levar o skate às aulas, a atleta adolescente não perdia a oportunidade de percorrer o obstáculo improvisado.
Aos risos, Ana Cláudia Almeida Silva, diretora da escola em Imperatriz, cidade de 259 mil habitantes a cerca de 600 quilômetros da capital São Luís, lembra de quando Rayssa descia a rampa e todos ficavam ao mesmo tempo boquiabertos e preocupados com as manobras da skatista. “A gente tem ela como uma garota muito sapeca. Ela brinca, corre, pula. Mas nós temos outros alunos. Se a gente liberar o skate da Rayssa, os outros também vão querer trazer. Já pensou os outros alunos descendo aquelas rampas de skate?”
Rayssa, a Fadinha, como a medalhista é conhecida, cursa o nono ano do ensino fundamental e, segundo a diretora, tem bom desempenho em sala de aula. Quando volta das