Cansado das reclamações dos jogadores, Rubens Minelli resolveu não dizer nada. Passou 45 minutos calado. Se aquele time do Internacional, campeão brasileiro de 1975, achava que o esquema tático era rígido demais, podiam atuar como como quisessem.
No intervalo, o clube gaúcho perdia por 2 a 0.
“Vamos combinar uma coisa? Com a bola, façam o que vocês quiserem. Sem a bola, façam o que eu mando!”, pediu o treinador.
O placar final foi 3 a 2 para o Inter.
Em seu apartamento próximo à avenida Paulista, em São Paulo, Minelli se diverte ao contar histórias como essa. Às vezes ele perde a linha de raciocínio, mas as lembranças fluem, assim como as opiniões de quem passa os dias assistindo às partidas pela televisão. A última vez que esteve em um estádio de futebol aconteceu em janeiro. Foi homenageado pelo Palmeiras, o clube onde, meio sem querer, começou a carreira.
Quatro vezes campeão brasileiro por três clubes diferentes e revolucionário tático do futebol nacional