Éverson Felipe Marques Pires, 28, tinha apenas sete anos quando virou companheiro inseparável do pai, Paulo Ferreira Pires, pelos campos de várzea na cidade de Pindamonhangaba (a 140 km da capital).
Nas andanças, orgulhava-se de buscar as bolas chutadas nos matagais dos campos sem alambrados e já carregava uma certeza: viraria goleiro como o pai um dia.
“Isso [de ser goleiro] está dentro de mim. Penso nisso desde que me entendo por gente”, disse à Folha.
Escolhido pelo técnico argentino Jorge Sampaoli como titular nas últimas quatro partidas do Santos antes da paralisação para a Copa América, entre 14 de junho e 7 de julho, o goleiro venceu, ao menos momentaneamente, a concorrência com Vanderlei, dono da posição no clube desde 2015.
“Sinceramente, ainda não me considero titular porque o Sampaoli roda muito toda a equipe. Não vim aqui para tirar o espaço de ninguém, mas meu objetivo é jogar, claro. Falar que fico feliz na reserva seria uma tremenda hipocrisia”,