O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, disse à Folha nesta segunda-feira (11) que o documento que dá aval à compra de aparelhos de eletroconvulsoterapia no SUS ainda será discutido pela nova gestão, mas defendeu que a prática não seja vetada.
“Vai entrar a nova coordenação de saúde mental e eles vão fazer essa discussão. O que eu quero dizer é que eu não vetaria. Não é função do Ministério da Saúde vetar, nem deixar ideologizar essas discussões. A partir do momento em que essas discussões passam a ser bandeira ideológica, passo a ter problemas”, disse.
Ele defendeu que seja seguida a posição do CFM (Conselho Federal de Medicina), que regula o uso da eletroconvulsoterapia (conhecida como eletrochoque) desde 2002.
“Se o Conselho Federal de Medicina entende que isso beneficia o paciente em determinada situação, não vamos censurar”, afirma. “Se existe essa técnica e ela tem indicações, não posso proibir. Há procedimentos que talvez choquem