Protegendo-se da chuva em uma banca da avenida Paulista, quatro amigas que estudam no colégio Oswald de Andrade estavam duplamente preocupadas na manifestação desta quarta-feira. Primeiro, com a política em geral do governo Bolsonaro para a educação; depois, porque todas pretendem fazer faculdade de humanas.
“É principalmente essa área que ele não quer desenvolver, para que as pessoas não tenham tantas possibilidades de pensar e de se expressar”, disse Lara Fernandes, 14. “As humanas dão espaço para diferentes opiniões, formam o olhar das pessoas”, opina Clara Santi. “E é justamente isso que o governo não quer”, fala Clarice Romeu, 15.
Pai de Clara, Pedro, 53, professor da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM), foi encontrar as meninas na Paulista. “Elas vieram sozinhas, mas vim como 'backup', para ver se estava tudo bem, e aproveitei também para participar, porque a educação é um tema sem partido e pode ser por aí que o país se unifique”,