Subprocurador-geral da República, produtor rural, ex-soldado da Polícia do Exército, girista e mangalarguista (raças bovina e equina, respectivamente). É assim que se autodescreve Juliano Baiocchi Villa-Verde de Carvalho, 59. Na semana que vem, ele assume a coordenação da 4ª Câmara de Meio Ambiente e Patrimônio Cultural do Ministério Público Federal (MPF).
A indicação do procurador-geral da República, Augusto Aras, anunciada na segunda-feira (8), tem provocado temores de que a 4ª Câmara se aproxime do presidente Jair Bolsonaro, defensor da expansão do agronegócio e crítico da legislação brasileira sobre preservação ambiental.
Em março, Baiocchi se disse favorável à MP (Medida Provisória) 910, que flexibilizava a regularização de terras públicas griladas. Afirmou à época que "defende a livre concorrência e livre iniciativa privada”. A proposta, criticada por nota técnica da 4ª Câmara e especialistas por incentivar o desmatamento ilegal, saiu de pauta