Não dá para fugir do fato: o ser humano é um bicho que mata. Não só outros animais, justificado pela necessidade básica da alimentação. Ele mata outros seres humanos. Desde sempre. Por muitas razões.
Porque disputa a mesma parceira sexual, porque quer dominar o mesmo território, porque simplesmente não suporta o comportamento diferente do outro.
Mas há um marco fundador dessa violência? Achados arqueológicos apontam para 10 mil anos atrás, às margens do lago Turkana, entre os atuais Quênia e Etiópia.
Ali foram encontrados restos mortais em posições indicadoras de uma atrocidade que resultou em pelo menos dez mortes, inclusive a de uma mulher grávida. Evidências mostram que as vítimas foram amarradas antes de executadas, com uma arma feita com obsidiana, um vidro vulcânico.
Para o jornalista Reinaldo José Lopes, que se debruçou nos últimos três anos sobre o tema da crueldade perpetrada pelo Homo sapiens para escrever o recém-lançado “Homo Ferox: As Origens da