Quem já pensou que seria ótimo ter um clone para tomar seu lugar nas tarefas chatas? Ou acredita na máxima segundo a qual podemos todos nos tornar a versão melhor de nós mesmos, não importa dores, perrengues, desgastes?
É nesses dois pontos que se apoia a simpática “Cara x Cara” (releve o nome horroroso; o original “Living with Yourself”, ou “convivendo com você mesmo”, ficaria melhor como “Se Aguenta”).
Nessa dramédia curtinha que a Netflix acaba de pôr no ar, Paul Rudd é Miles, sujeito enfadado com a própria vida que, ao aceitar a dica de um colega e ir para um spa, se vê inadvertidamente clonado e descartado em uma cova rasa com a expectativa de que não sobrevivesse.
A partir daí —e com algumas reviravoltas—, Marvin será obrigado a conviver não só com seus problemas e defeitos, mas com o contraponto de ter uma versão feliz e prolífica de si mesmo para confrontá-lo com o fato de que ele é uma sombra do que foi e do que poderia ser.
A roupagem at