No último mês a Colômbia viveu momentos de grande esperança, assim como de grande tristeza e incerteza: por um lado, a maior mobilização da história recente do país e, por outro, uma repressão estatal sem precedentes.
As primeiras mobilizações foram organizadas para exigir o desmantelamento das reformas de perfil neoliberal que o governo havia proposto, tais como a reforma tributária e de saúde –ambas caíram– e a demanda por uma renda básica universal. Essas mobilizações geraram uma resposta violenta da polícia, o que levou a exigências de reforma da própria instituição.
Tudo isso derivou em uma crise de governança, com a demissão em poucos dias de três ministros (Finanças, Relações Exteriores e o Comissário de Paz) e a retirada da Colômbia pela Conmebol da organização da Copa América, que estava agendada para junho.
Durante o último mês, em 763 municípios –quase 70% do território– houve ações coletivas maciças, de acordo com o Ministério d