Trinta anos após a queda do Muro de Berlim, ocorrida a 9 de novembro de 1989, debates ideológicos resgatam a polarização excessiva responsável por delinear a bipolaridade da Guerra Fria.
Retornou, com intensidade, o embate clássico das cartilhas de esquerda e de direita, depois de, entre os anos 1990 e 2009, várias experiências terem tentado aproximar os polos ideológicos, com fortalecimento das chamadas posições centristas.
Em outras palavras: desde a crise financeira internacional, no final da década passada, ressurgiu a radicalização do debate entre esquerda e direita.
Enfraqueceram-se iniciativas de amalgamar visões ideológicas concorrentes. Desbotaram arquiteturas de construção de agendas consensuais.
No imediato pós-Guerra Fria, uma onda de euforia se espalhou. O fim da bipolaridade comunismo-capitalismo alimentou a ideia da prevalência de cenário modelado por expansão da democracia, processos de paz em conflitos regionais e disputas impulsionadas pela conqu