Quase 2022. Ano lotado de efemérides, que podem nos ajudar a repensar nosso projeto de nação ou determinar se queremos mesmo ser uma nação. De onde viemos e para onde vamos. Somos realmente um país moderno e independente?
Não haverá tempo para falar de outras coisas. Por isso aproveito o finalzinho de 2021 e antecipo outras comemorações que não vão ter chance de competir, na escassez que comanda a economia da atenção midiática, com centenário disso, bicentenário daquilo —e eleições, além da pandemia eterna enquanto dura.
Quero aqui celebrar vários cinquentenários. De volta a 1972. Fazia escuro, mas muita gente combatia a repressão com alguns dos cantos mais libertários e poderosos da história da música no Brasil.
Lançamento de "Acabou Chorare", "Transa", "Drama - Anjo Exterminado", "Expresso 2222", "Jards Macalé", "A Dança da Solidão", "Ben", "Clube da Esquina". Isso para citar só alguns dos discos que marcaram a época e a teia de linhas evolutivas da cultura brasileira