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Minha última crônica - 21/04/2019 - Antonio Prata

Eu não escolhi Arial: era a fonte no computador do meu pai quando, em algum momento do colegial, os professores passaram a pedir os trabalhos digitados. Em Arial escrevi sobre mercantilismo, mitocôndrias, hiatos e ditongos. Ao ganhar meu primeiro computador, na época da faculdade, por força do hábito, devo ter colocado Arial como padrão. Em Arial passei pelo curso de filosofia, depois cinema, depois ciências sociais, em Arial eu não me formei e em Arial virei escritor.

Pensando bem, acho que escolhi Arial —várias vezes. O que quero dizer é que não foi uma escolha refletida, tipo, “gosto de Arial porque é limpa e magra e a discrição formal é tudo que espero das letras para maximizar a compreensão de um texto sem chamar atenção sobre si”. Não. Eu herdei a Arial do meu pai, como herdei 23 cromossomos, o sobrenome e a profissão. E, como grande parte do que trazemos do berço, jamais questionei a fonte com a qual escrevo há duas décadas e meia.

Três semanas atrás

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