Nos últimos anos, as barracas de camping se multiplicaram nas ruas de São Paulo. Segundo censo divulgado pela prefeitura no último dia 23, em 2021, havia 6.778 pontos na cidade com barracas de camping e barracos de madeira sendo utilizados como moradia improvisada. Em 2019, eram 2.051.
Antes do anúncio, no início do mês, a Folha percorreu a região central para ouvir os relatos de sem-teto sobre como é viver nessas barracas, sobretudo em época de chuvas.
"Isso representa a precariedade da situação da população em situação de rua", afirma o psicanalista e professor da PUC-SP, Jorge Broide, que trabalha com a população de rua há mais de quatro décadas. "Acho muito triste, uma coisa que era utilizada como lazer por outra classe social, inclusive, torna-se agora uma precaríssima moradia."
Em nota, a prefeitura disse que as barracas são "usadas pela população em situação de rua em São Paulo e outras cidades do Brasil e do mundo".
Vivendo na praça da Sé há um ano, na altura