O processo de concessão do Palácio Rio Branco —erguido no mesmo lugar em que funcionou a primeira casa de governo do Brasil, no século 16— é alvo de uma batalha judicial que opõe o governo da Bahia e entidades ligadas ao patrimônio histórico em Salvador.
O palácio está fincado no mesmo local onde funcionou a sede do governo colonial, construída em 1549 a mando do primeiro governador-geral, Tomé de Souza, e de onde o Brasil foi governado por mais de 200 anos.
A licitação para a concessão do palácio por um período de 35 anos para um grupo hoteleiro aconteceu na quinta-feira (20), em Salvador, com o lance mínimo de cerca de R$ 26,5 milhões. Houve apenas uma interessada: a empresa BM Varejo Empreendimentos, controladora da Rosewood, uma das redes hoteleiras mais luxuosas do mundo.
Também na quinta, o Ministério Público do Estado da Bahia ingressou com uma representação para suspender a licitação. O pedido foi negado pela Justiça nesta sexta (21), mas a Promotoria