Há pouco mais de dois meses, as ruas da cidade de São Paulo viraram palco para o cantor Adriano Ricardo da Silva, 43.
Nascido em Jequié, na Bahia, começou a trabalhar vendendo doces e sorvetes aos nove anos, quando chegou a Carapicuíba (Grande SP), onde mora com a esposa Arianne Keyty de Almeida da Silva, 30, e três filhos, de 3, 5 e 8 anos.
“Eu sempre tive um diferencial: não vendia meu chocolate me fazendo de vítima. Eu dizia às pessoas que cantaria uma música e se desafinasse não pagaria pelo produto. Assim, eu conquistava os clientes”, conta.
Antes da pandemia do coronavírus, Adriano era ambulante no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos. Trabalhava há 20 anos no local. Começou vendendo doces e souvenirs e, nos últimos oito anos, embalava malas. Eventualmente, se apresentava em bares à noite.
A atividade no aeroporto lhe rendia de R$ 400 a R$ 600 por dia, mas, nos últimos tempos, a troca da equipe de segurança dificultou o trabalho e esse valor caiu