A escolha de Renato Feder para assumir o Ministério da Educação é a maior derrota da ala militar do governo desde que os fardados fizeram um consórcio com a chamada velha política para administrar a crise que engolfou o presidente Jair Bolsonaro (sem partido).
O secretário paranaense foi convidado pelo presidente na noite de quinta (2), por telefone. Bolsonaro pediu para que ele estivesse em Brasília na segunda-feira, e Feder viajou a São Paulo, onde passará o fim de semana na casa que tem no litoral norte.
O movimento pode ser lido como um test-drive, deixando o secretário à mercê de escrutínio de mídia nesses três dias.
Escaldado com o episódio do currículo embelezado de Carlos Decotelli, que derrubou o professor do MEC em poucos dias, o governo quis dar um tempo entre o vazamento do convite e a fotografia de Feder com o presidente.
Se confirmado no posto, Feder terá sido um gol do PSD, partido que com siglas do centrão vem ocupando mais espaço no governo Bolsonaro.
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