Esqueça Cristo Redentor, Pão de Açúcar ou praia de Ipanema. Deixe de lado a zona sul, a imagem dos morros refletidos na Baía de Guanabara e a ideia dos corpos sarados correndo sob o sol. Se vire mais ao norte, para a região central do Rio de Janeiro.
É ali que mora a história da segunda capital do país, e um setor do turismo vem tentando mudar a forma como ela é contada. Já são diversos tours que circulam a pé por lá e desenterram, quase literalmente, a trajetória e herança dos africanos que ali passaram.
Eles acontecem apenas algumas ruas “para dentro” do famoso Museu do Amanhã, na área portuária chamada de Pequena África. O nome vem da grande quantidade de negros que, com o fim da escravidão, se instalaram no local, onde já existia uma comunidade africana.
Mas não é qualquer um que pode narrar essa história, diz o guia de turismo Well Rodrigues, 26, “negro, gay e periférico com muito orgulho”, enquanto anda pelas ruelas de pedra. “Me incomoda qua