Maria Valdelina de Souza, 34, mora na comunidade Porto de Areia há 11 anos. Mãe de dois, ela lembra que o local situado perto de uma lagoa em Carapicuíba, na Grande São Paulo, não tinha luz e só recebia água à noite.
“A gente se banhava acendendo o fogo”, diz. “Eu vim do Norte. Quando cheguei era muito feio, morei na lama. Construímos o primeiro barraco de madeira e agora conseguimos um de blocos. A região melhorou muito em vista do que era, porque antes tinha rato, escorpião, barata”, relata.
Valdelina é uma das moradoras da região que abriga mil famílias, segundo a associação local de moradores (a estimativa da prefeitura, de 2008, contava 250).
A comunidade nasceu entre um lixão e uma antiga mina. Apesar de ter moradores há quase 20 anos, é nessa área que tem sido considerada a instalação da Ceagesp (Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo).
O tema é debatido pelo governo do estado e pela Prefeitura de Carapicuíba. Os moradores,