Quando terminou a apuração da eleição municipal de 2016 em Senador La Rocque (MA), as sete vereadoras eleitas resolveram dar um basta. Uma delas teria que ser a presidente da Câmara.
Até aquele momento, um homem comandava a Casa, mesmo com as mulheres já em maioria entre os vereadores na legislatura que terminava. "A gente se articulou e venceu. Agora queremos pelo menos a vaga de vice-prefeita na próxima eleição", diz a presidente da Câmara, Deusinete Gomes (PTB).
Proporcionalmente, a cidade de 14 mil habitantes no sul maranhense foi uma das duas que mais elegeram vereadoras no Brasil (a outra é a piauiense Uruçuí). Foram 7 em um total de 11, ou 64%. Na Câmara de São Paulo, em comparação, são 16% as mulheres.
É difícil até para elas explicar o sucesso eleitoral num rincão do país em que termos como empoderamento e feminismo ainda têm pouca ressonância. Desde que se emancipou, em 1994, a cidade sempre teve grande presença de mulheres na política local, embora nun