Nos anos finais da Segunda Guerra (1939-1945), o Brasil enviou 25 mil homens à Europa para lutar ao lado dos Aliados. José Marino foi na primeira leva. Com a Força Expedicionária Brasileira (FEB), participou em quatro dos seis ataques que levaram à conquista de Monte Castelo e na tomada de Montese.
Foi na cidade do norte da Itália que viu seu melhor amigo, Weber, ser atingido por uma granada e morrer. Por ordem de superior, coube a ele limpar os equipamentos que o companheiro carregava, antes de seguir em frente. O passo foi interrompido quando os nazistas atingiram Marino.
Ele dizia que dos 239 dias que esteve na guerra, 235 foram no inferno e quatro no paraíso - o período em que foi levado ao hospital depois do ataque. Levou quase 70 anos, para que, em visita a um monumento no Rio, pudesse beijar a lápide do amigo que teve de deixar para trás.
Em 2015, Marino voltou à Itália a convite dos amigos Vitor Luis e Ana. Onde viveu os piores dias de sua vida, encontrou um po