Voltando de diligência em dois bairros periféricos de Belém, capital do Pará, um delegado da Divisão de Homicídios pega um celular que acabara de sinalizar a chegada de uma mensagem de um investigador no WhatsApp: "Quando este aqui toca, é só desgraça", disse, pessimista, sem entrar em detalhes da ocorrência. Era fim da manhã de quarta-feira (16).
O delegado, que não quis se identificar por motivos de segurança, voltava dos bairros periféricos de Guamá e Terra Firme, controlados por uma facção criminosa ligada ao Comando Vermelho, do Rio, que paga para receber segurança de milicianos locais, segundo investigações da Polícia Civil e do Ministério Público.
Dez minutos depois, um promotor militar, que está ameaçado de morte, alertou a reportagem sobre o que havia acontecido: "Morreu um homem dentro de um supermercado de Umarizal". O bairro é um dos mais nobres da desigual Belém. "Tem característica de execução. De grupo de extermínio", complementou. Até a public