O soldado José Luís Alves, 43, entrava em um banco quando desconfiou de um homem que chegava apressado. Levou a mão à arma na cintura e ameaçou sacá-la, mas desistiu assim que percebeu o suspeito vestido de gari. Repreendeu-se intimamente por desconfiar de tudo (e de todos) e logo baixou a guarda.
O tiro de revólver atingiu o lado esquerdo de seu rosto, pouco abaixo do olho, jogando-o ao solo. Olhando para seu próprio sangue escorrendo pelo concreto, notou o criminoso vestido de gari atirar mais uma vez na direção de sua nuca. Teve ali a certeza de sua morte e só lamentou a má sorte.
“Que lugar ruim para morrer. Uma segunda-feira, na porta de um banco e vindo pagar conta”, pensou o policial, conforme se lembraria dez anos depois do ataque sofrido em 26 de maio de 2008.
Por uma sorte difícil de explicar, José Luís não morreu, ganhou o apelido de “vaso ruim” e entrou para uma triste estatística de policiais militares atacados em São Paulo que, mesmo armados e t