O investigador moçambicano e director do Centro para Democracia e Desenvolvimento (CDD), Adriano Nuvunga, defende que Maputo precisa de balancear as acções para evitar a maldição de recursos, com resposta militar à insurgência em Cabo Delgado e capacitação para buscar partilhas na produção de gás.
A violência armada em Cabo Delgado está a provocar uma grave crise humanitária e de direitos humanos com quase 700 mil deslocados e 2.600 mortes, metade delas civis, de acordo com a agência americana de coleta de dados Armed Conflict Location and Event Data (ACLED).
Nuvunga entende que esse extremismo violento encontrou lugar devido à desafeição económica da população, que vive na pobreza extrema numa terra coberta de riqueza, e Maputo não pode continuar na situação de “um Estado sem capacidade” para atender aos desafios prementes de desenvolvimento.
“Hoje estamos com a insurgência, ou estamos com o extremismo violento, que nos atrapalha em relação à boa govern