Pelos piores motivos, como o caso do incêndio num “abrigo para animais” em Santo Tirso, no qual morreram queimados perto de cem animais, a acumulação de animais tem sido cada vez mais falada em Portugal, nem sempre de forma esclarecida. Desde logo, porque nem todos os casos de sobrepopulação e/ou maus-tratos, como era o caso de Santo Tirso, decorrem do transtorno mental conhecido como “Síndrome de Noé”, estando a decorrer nesse caso concreto uma queixa-crime por maus-tratos a animais de companhia.
Trata-se de um problema complexo, em que a maioria das pessoas que padecem desta doença não reconhecem que existe um problema, colocando não só a vida dos animais em risco, como a sua própria saúde (e a da família com quem coabita), dadas as condições de insalubridade derivadas da acumulação obsessiva de animais e que resulta em cenários verdadeiramente cruéis: animais a passar fome, em espaços sobrelotados, em constante stress, muitas vezes amontoados sobre os seus