Aqui vamos nós outra vez. Mais um ano, mais um dia de São Valentim. À semelhança do seu primogénito, o Natal, esta festividade tem a subtil e sagaz capacidade de activar o nossa faceta “tem de ser”: celebramos porque tem de ser, oferecemos algo porque é suposto e publicamos uma foto nas redes sociais para oficializar a ocasião. Caso seja genuína intenção de ambos, óptimo. Está tudo certo. Mas quantos, com receio de eventuais danos colaterais, abdicam da vontade própria em detrimento do “parecer bem”? Pode parecer algo bastante inofensivo; no entanto, esta postura diz mais sobre nós do que imaginamos.
Longe vão os tempos em que celebrava o Dia dos Namorados. Umas vezes mais satisfeito, outras mais por arrasto, mas lá estava eu, fiel à tradição. Numa destas celebrações, como dita a lei, fomos até um restaurante com um daqueles menus a condizer com a ocasião. Marcámos mesa com a devida antecedência, vestimo-nos a rigor e chegámos a