A montra mostra logo ao que vamos. Do lado esquerdo, um palíndromo de Rita Senra, a artista actualmente em exposição; na porta à direita, um texto do surrealista belga Paul Nougé (1895-1967) – “O interior da vossa cabeça não é esta massa cinzenta e branca que vos disseram, é uma paisagem de fontes e ramos, uma casa de fogo, melhor ainda, a cidade milagrosa que ireis gostar de inventar” –, que é todo um programa de acção para a nova fase da vida da Sismógrafo, uma galeria de arte(s) que, desde o início de Janeiro, tem nova morada, mantendo-se na proximidade da Baixa do Porto.
Depois de cinco anos de história num primeiro andar na Praça dos Poveiros, a Sismógrafo está agora algumas centenas de metros acima, no n.º 416 da Rua da Alegria, frente à ESMAE (Escola Superior de Música e Artes do Espectáculo). “Tivemos de mudar por causa da nova dinâmica imobiliária na Baixa; o nosso contrato nos Poveiros não foi renovado, os preços tornaram-se agora incomport�