Em Brumadinho, escavadeiras anfíbias revolvem a lama em busca de corpos
* Por Juliana Bublitz
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Três semanas depois do rompimento da barragem da Vale em Brumadinho (MG), a avalanche de lama que arrasou a região continua atormentando familiares de vítimas, angustiando moradores e desafiando bombeiros, que contam com reforço de escavadeiras anfíbias nas buscas por desaparecidos. Quatro dezenas de máquinas pesadas passaram a revolver os rejeitos de minério dia após dia, abrindo novas frentes de trabalho no barro.
Na localidade de Córrego do Feijão, uma das mais afetadas, o sentimento de angústia persiste. Basta circular pelas ruas do vilarejo rural para ouvir lamentos por todos os lados. A maioria, ali, dependia da Vale para sobreviver. Quem perdeu parentes ou bens materiais ainda aguarda respostas da empresa. A incerteza em relação ao futuro é generalizada.
— Mudou tudo aqui. Antes era um lugar bonito, tranquilo. Tinha trabalho. Agora não tem mais nada. É só tristeza e agonia — desabafa a dona de casa Joana D'Arc
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