Entre lives e quarentena, Tom Zé continua pegando a palavra pelo laço
Na infância em Irará, em meados dos anos 40, Tom Zé costumava ajudar na loja de tecidos que seu pai tinha na pequena cidade do sertão da Bahia. Os principais clientes eram homens da roça. Atrás do balcão, os olhos do menino brilhavam ao ouvir as histórias (e estórias) dos sertanejos que por ali passavam e, muitas vezes, pegavam uma cadeira para tirar um intervalo na sombra e descansar dos longos trajetos que percorriam. Anos mais tarde, Tom Zé teve uma iluminação.
No silêncio absoluto de seu quarto, como se a calmaria fosse necessária para entender aquele encontro, começou a ler a segunda parte de “Os Sertões”, livro-reportagem de Euclides da Cunha sobre a Guerra de Canudos, conflito que explodiu no interior baiano do início do século passado.
Quando desconfiou que Euclides da Cunha falava sobre o sertanejo, sobre o que ele via na loja, sobre o povo da roça – e também sobre aquele adolescente prestes a concluir o ensino médio –, Tom Zé começou a tremer. “
Como fazer
O Senhor é bom, um refúgio em tempos de angústia. Ele protege os que nele confiam.
(Naum 1:7)
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