O único trabalho considerado ilegal
Parei o carro em um estacionamento escondido e fiquei aguardando, de janelas fechadas, a última pessoa subir.
O segurança, um rapaz magro, um pouco mais novo que eu, virou as costas e fingiu que não me viu entrar no prédio.
Desci dois lances de escadas, iluminados apenas pela pouca luz natural que entrava, e cheguei a um corredor escuro e silencioso.
Sozinho, na penumbra, caminhei até o estabelecimento e bati três vezes na porta. Uma mulher mascarada abriu uma fresta, mantendo o corpo escondido, e me indicou com o dedo para que subisse outra escada, até um mezanino cuja única janela estava completamente coberta por uma cortina grossa e preta.
Era estranho estar naquela situação, fazendo algo escondido, proibido, com a sensação de ser vigiado, mas a necessidade era maior; eu precisava daquilo. No fim da segunda escada, encontrei uma outra porta, já entreaberta. Cumprimentei o dono do estabelecimento com um soquinho na mão e ele me mandou sentar na cadeira.
Até que enfim conseg