Recorte racial da Covid-19 revela desigualdade social causada pelo racismo
A ativista Joice Paixão, 35, afirma que comunidades da Várzea, afetadas pelo racismo estrutural, são atingidas com força pela pandemia (Foto: Bruna Costa / Es. DP Foto) |
Desde o dia 8 de junho a Secretaria Estadual de Saúde (Ses-PE) vem colocando em seu boletim diário da Covid-19 os dados de raça e cor das pessoas que desenvolvem a Síndrome Respiratória Aguda Grave (Srag) por conta do novo coronavírus. Esse recorte racial revela que quase 78% dos casos graves da doença são em pessoas que se autodeclaram pretas ou pardas.
No boletim epidemiológico do úlitmo sábado (20), registrou-se 77,5% de pretos ou pardos que desenvolveram Srag. É importante ressaltar que das 17.976 fichas de paciente consultadas pela Ses-PE, apenas 6895 tinham dados de raça e cor de pele preenchidas. A população de Pernambuco é de cerca 9.359.000 habitantes segundo dados de 2015 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Desse total, 6.254.000 (66,8 %) é de pessoas negra
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