Os 71 anos da Fundaj
Na década de 1940, fundar uma instituição de pesquisa social no Nordeste brasileiro era um projeto atrevido. A juízo de muitos tangenciava a quimera. No imaginário nacional, o Nordeste já se havia convertido no território da seca elevada a flagelo bíblico e seus intelectuais, como Tobias Barreto, Silvio Romero, Capistrano de Abreu, Clóvis Bevilácqua e Rui Barbosa, já estavam obscurecidos pelo despeito de outras regiões menos aquinhoadas de talentos.
Foi nesse cenário hostil que Gilberto Freyre arrancou a Fundação do papel e colocou-a de pé. Segundo a narrativa da doutora Joselice Jucá, biógrafa da instituição, foram tempos heroicos. A Fundação morava de favor em casa alheia, hospedada pelo Instituto Arqueológico Histórico e Geográfico de Pernambuco, e seus funcionários faziam “cotinha” para suprir a penúria de recursos.
Doeu sim, mas ela cresceu! A Fundação havia herdado as virtudes do seu fundador. Também era intrépida. Também era obstinada. Os anos s
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