Sobre os que usam a ciência para a autopromoção política
Dar sentido ao emaranhado de informações sobre a crise sanitária global não é fácil. São muitos os dados disponibilizados diariamente e múltiplas as possibilidades de interpretação. Entender a dimensão da crise e traçar estratégias eficientes com recursos escassos é hoje o maior desafio. À sociedade, cabe acompanhar o desempenho das autoridades e cobrar transparência e efetividade das ações de combate à pandemia.
No Brasil, dados oficiais consultados no dia 11 de fevereiro indicam quase 9,7 milhões de casos, mais de 230 mil mortes, letalidade (razão entre os números de mortes e de casos) de 2,4% e uma taxa de mortalidade de 111,8 mortes por 100 mil habitantes. Considerados o tamanho, a heterogeneidade e as desigualdades do Brasil, esmiuçar essas informações é essencial para entender a evolução da pandemia por aqui.
São Paulo concentra 22% da população brasileira, responde por cerca de um terço do PIB e produz quase metade dos artigos científicos do país.
Como fazer