Advogado que denunciou polícia em chacina de Pau D’Arco é
Quase quatro anos depois da chacina de Pau D’Arco, no Pará, os 16 policiais civis e militares que são réus pelo homicídio de dez trabalhadores sem-terra estão soltos e exercendo suas atividades enquanto aguardam julgamento.
Apenas uma pessoa ligada ao caso está presa: o advogado das vítimas e do assentamento onde ocorreu a chacina, José Vargas Júnior.
Ele foi detido no 1º dia do ano, acusado de envolvimento em outro caso de homicídio. “O que a polícia tem contra ele é extremamente frágil, são piadas que ele enviou por áudio a um amigo”, afirma seu advogado Marcelo Mendanha, que é presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) em Redenção (PA). “Mensagens irônicas, em claro tom de brincadeira”.
A polícia apreendeu o seu celular e computador. Até o momento, o advogado preso se negou a dar as senhas, mas sofre constante pressão para ceder, como forma de colaboração com as investigações. Com essas senhas, a polícia ter