Por mais lucro, neoliberais atacam sindicatos para
O Brasil está com o pé na ditadura militar enquanto Otávio faz piquete na porta da fábrica, com um megafone na mão. Seu filho, Tião, metalúrgico de família, ignora o pai e o piquete. Para ele, greve é utopia, uma luta inglória. Sua preocupação é deixar a vida difícil para trás. Na peça teatral “Eles não usam black-tie”, escrita por Gianfrancesco Guarnieri, estão retratados os conflitos de uma categoria e de duas gerações que parecem viver em mundos diferentes, ainda que iguais.
Projetados os personagens para 2020, Otávio seria o trabalhador que está diante do desafio de reorganização do movimento sindical diante das transformações no capitalismo. O filho Tião seria hoje o motorista de Uber que não se vê representado pela estrutura sindical e que nega a CLT, tão distante de sua realidade, enquanto conquista histórica dos trabalhadores.
Saindo da arte e chegando à vida real, a trabalhadora Lucineide Varjão, presidente da